Em 1985 um pão custava dois cêntimos, hoje não se compra por menos de 15. Os preços e o custo de vida são os fatores que mais se destacam na análise feita por quatro pessoas de duas gerações que avaliam as mudanças registadas em Portugal desde a entrada para a União Europeia.
Ofélia Fernandes, 48 anos, faz o relato de quem sentiu as mudanças no país. Sem trabalho há dois anos, diz que Portugal é, tal como há 25 anos «um país pobre». Recorda o tempo em que umas calças custavam quatro euros e o salário mínimo não atingia os 100 euros, mas salienta que nunca como agora sentiu o «verdadeiro significado da crise». Queixa-se do aumento dos preços na transição para o euro.
É com um misto de emoção e conquista que Manuela Maçarico recorda as longas horas de viagem até Lisboa. «Saíamos da Maceira, de manhã, para lá chegar às três da tarde. Agora, em 45 minutos estamos em Lisboa». Aos 48 anos fala das transformações do país e considera que «a vida melhorou muito, mas poderíamos estar melhor se os governos tivessem sabido aproveitar os benefícios que a entrada na União Europeia trouxe».
Quem passou pelos tempos da ditadura aponta a poupança como fator de desequilíbrio. Joaquina Maria, que atingiu este ano a idade de reforma, diz que «antes da entrada na CEE, os produtos eram muito mais baratos e as pessoas poupavam mais». Lembra que «quando se queria alguma coisa, primeiro juntava-se o dinheiro e só depois se comprava. A facilidade de crédito fez com que as pessoas perdessem a cabeça» e receia que Portugal não consiga «sair do buraco onde se meteu».
A vida de emigrante permitiu a José Falé, ganhar na Alemanha o suficiente para gozar tranquilamente a reforma em Portugal. Aos 67 anos reconhece que não é rico, mas está melhor que há 25 anos. «Cheguei a trabalhar em três sítios ao mesmo tempo antes de emigrar».
Relatos pessoais sobre um país que em 25 anos passou de 106 km de autoestradas para 2650 km e que apresenta a segunda taxa mais baixa do PIB per capita* dos 17 países do Euro**.
Ofélia Fernandes, 48 anos, faz o relato de quem sentiu as mudanças no país. Sem trabalho há dois anos, diz que Portugal é, tal como há 25 anos «um país pobre». Recorda o tempo em que umas calças custavam quatro euros e o salário mínimo não atingia os 100 euros, mas salienta que nunca como agora sentiu o «verdadeiro significado da crise». Queixa-se do aumento dos preços na transição para o euro.
É com um misto de emoção e conquista que Manuela Maçarico recorda as longas horas de viagem até Lisboa. «Saíamos da Maceira, de manhã, para lá chegar às três da tarde. Agora, em 45 minutos estamos em Lisboa». Aos 48 anos fala das transformações do país e considera que «a vida melhorou muito, mas poderíamos estar melhor se os governos tivessem sabido aproveitar os benefícios que a entrada na União Europeia trouxe».
Quem passou pelos tempos da ditadura aponta a poupança como fator de desequilíbrio. Joaquina Maria, que atingiu este ano a idade de reforma, diz que «antes da entrada na CEE, os produtos eram muito mais baratos e as pessoas poupavam mais». Lembra que «quando se queria alguma coisa, primeiro juntava-se o dinheiro e só depois se comprava. A facilidade de crédito fez com que as pessoas perdessem a cabeça» e receia que Portugal não consiga «sair do buraco onde se meteu».
A vida de emigrante permitiu a José Falé, ganhar na Alemanha o suficiente para gozar tranquilamente a reforma em Portugal. Aos 67 anos reconhece que não é rico, mas está melhor que há 25 anos. «Cheguei a trabalhar em três sítios ao mesmo tempo antes de emigrar».
Relatos pessoais sobre um país que em 25 anos passou de 106 km de autoestradas para 2650 km e que apresenta a segunda taxa mais baixa do PIB per capita* dos 17 países do Euro**.
Fontes: Banco Central Europeu, Comissão Europeia, Pordata
*Relatório da Comissão Europeia - Primavera 2009, página 46
**Relatório da Comissão Europeia - Primavera 2009 refere-se a 16 países do Euro, antes da entrada da Estónia a 1 de janeiro de 2011
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